terça-feira, dezembro 20, 2011

Amor, amor'




Hoje parei para pensar no que mais poderia querer.
Tudo parecia cintilar em volta de ti, o vento, a chuva, tu.
Hoje pude perceber muitas coisas sobre o amor;
Ele se desfaz do ultrapassado e apenas vê o rústico;
Nele tudo é além, para o que quebrou não há cacos, mas concerto.
É nele onde a chuva não há, mas o sol após.
Hoje parei para pensar no que mais poderia querer.
Tudo parecia tão plural, mas tu;
Hoje pude perceber muitas coisas sobre o amor;
Ele se faz tudo, e tudo nele se faz.
Então pude perceber que possuo teu amor.


 (Suelen de Miranda)

*Ele é a única coisa que me mantém.
Me sinto exausta.

domingo, dezembro 11, 2011

Ainda que seja poente...'



Ainda que seja poente;

Todos os frascos serão os melhores, e serão vazios. Tudo que ainda se deite, que durma, que sonhe; de nada irá adiantar.
Por todas as flores que sempre permaneceram, pois não. Por todos os pássaros que deixaram, pois não.
Os motivos de sermos medianos, nem flores, nem pássaros; são as respostas.
Ainda que seja poente, que seja dormente, que seja repouso;
As fragrâncias não serão as melhores, mesmo que falte espaço. As costas ainda que recostem, que descansem, de nada irá adiantar.
Por todas as gotas rubras que permanecem somente onde permitimos, pois sim. Por todas as chuvas que caíram, pois sim.
Os motivos de sermos medianos, nem sangue, nem água; são as respostas.
Ainda que seja poente, irá amanhecer.

(Suelen de Miranda)
* That's the why i'm always sad, my love²... always.
/ gosh, sinto como se eu não conseguisse sentir.
E só o que tenho é ele. E ele é tudo.

quarta-feira, dezembro 07, 2011

Carta'

 

Olá. Preciso lhe escrever.

Seria melhor se fôssemos distintos? Ou melhor ainda, fôssemos nada?
Me sinto doer demasiado, que por vezes gostaria de não me sentir;
Gostaria de não ser os segredos vãos que te guiam para o longe.
Seria melhor se fôssemos mais sinceros a respeito de mim? Ou melhor ainda, puséssemos óleo sobre as queimaduras?
É como se todos os desafinos do mundo eu tivesse de ouvir;
O teu, o meu, o de todos e o de tudo.
Gostaria de ser os desejos fartos e postos que te fariam ficar por mais alguns anos.
Ouve? Sou feia melodia.
Vê? Sou o próprio repugno.
Seria melhor se me dissesses a verdade e a mentira;
Já que não se faz tua culpa não sentir, ás vezes é melhor assim.
Desculpe-me, mas precisava lhe escrever;
Eu não o culpo por não, e sinto muito.

(Suelen de Miranda)
*that's why i'm always sad, my love. but don't worry, everything is going to be fine in the very end.

terça-feira, novembro 29, 2011

Corações sensíveis'




































E fez-se silêncio;
Todo o silêncio que poderia caber em um só lugar: estava em meu quarto.
Ele deixou a cama, as roupas, a cadeira. Deixou o computador, a televisão, os livros;
Me deixou em mim. Ele foi tomar banho.
Estava tão distraído, tão perdido de si;
Ele apenas camuflava seu pânico dentro de seus lábios. Apenas manteve o que achava que iria melhorar as coisas entre nós. Que coisas?
E fez-se silêncio;
Exceto por um coração sensível tocando ao fundo, feito de voz suave, feito para me fazer.
Eu estava na cama, nas roupas, na cadeira. Estava no computador, na televisão, nos livros;
Estava em mim. Eu escrevia sobre ele.
Eu apenas registrava o que sabia. Apenas tentaria um pouco mais por ele. Sempre mais.
E ele voltou.
E fez-se silêncio.
E...

(Suelen de Miranda)

*Acho que preciso ser diferente. Não por mim.
Não por mim desta vez.

sexta-feira, novembro 25, 2011

Tempestade'

Foi um lindo dia. O céu estava cheio das nuvens que gosto de ver. Foi lindo.
Foi tudo para todos, e para mim nada.
A mulher dos cabelos de fogo passou por mim mais vezes do que de costume. 
Ele forçou os lábios durante minha infância instantânea. Forçou os cantos para cima. Forçou rir.
Ela sobreviveu a mais um dia como se estivesse bem. Foi lindo.
Foi uma manhã que não vi voar, e uma tarde que digeri. Foi lindo.
E agora absorvendo a noite. Noite que nada. Que tudo. 
É uma linda noite, a música faz o quarto dançar, as roupas são confortáveis.
Ele deixa que o mais de tudo o distraia, desde sua superfície até seus joelhos.
Foi um lindo dia. É uma linda noite. Não importa se eu me cansar;
Eles não irão parar de brincar.
Tudo pode ser lindo.
Mas estou tão cansada que nem me lembro porque comecei a escrever.
Boa noite.

(Suelen de Miranda)

*Não quero mais psicóloga, nem psiquiatra. Nem droga de psique nenhum.
Não quero isso. Não quero aquilo. Estou cansada disso e daquilo. 
-Cortei o cabelo novamente. Ah como é deliciosa a sensação de mudança e controle e renovação e sei lá o que. 

segunda-feira, novembro 21, 2011

Desejos'



Hoje a noite caiu como véu em corpo nu, mas eu não a vi.
Ele chutava as respostas dos seguintes dias, como se de nada mais fosse precisar;
Como se de tudo já houvesse tido, como se já tivesse sido.
Porém mesmo que a doença me pregasse ao chão, minhas mãos giravam abaixo das nuvens;
Meu corpo girava como se o corpo nu pudesse um dia ser o meu.
Mas eu deixarei este lugar, deixarei para ti visitares;
E ver todos os lugares que fiz questão de atar com fita adesiva.
Sim, hoje a noite caiu como seda sobre porcelana, mas eu não a vi.
Ele tragava o pânico de todos os cantos, sugava de cada um;
Como se eu já houvesse partido, como se eu já houvesse o deixado.
Tudo no abismo dele, no abismo do céu;
Onde eu pedindo - girando -, e pedindo por inspiração;
Onde ele lutava com as respostas dos passados dias;
Onde eu meu corpo e o dele ainda giravam pedindo por mais de tudo;
Onde nunca sabemos onde estamos;
De onde deixaremos, onde seremos nós a visitarmos.

(Suelen de Miranda)
*or not.

terça-feira, novembro 15, 2011

Ruínas de sol'


É de beleza imensa, se parares para perceber.
As ruínas do céu e da terra acima das pálpebras dos homens; 
Acima de seus chifres.
Fume seu último cigarro, e respire a fumaça sem tragar a morte.
Junto de ti voam milhares de outros fantasmas, de outros passados.
É belíssimo, sim, é maravilhoso. 
Poderia chorar ao assistir daqui; as pessoas que brincam, que acham que vivem e morrem.
Poderia também reconstruir as muralhas a partir do mármore mais caro;
Por baixo dos pés dos homens, abaixo de suas retinas.
Beba um último gole de seu vinho favorito. Não me fará falta.
E mesmo que não fume, e prefira vodca, eu ainda poderia ajudar.
É de beleza que se faz, se parares para perceber;
De beleza e só, de amor e só.
O pôr-do-sol já não pode ser vendido;
E está demasiado caro para comprarmos.


(Suelen de Miranda)

*Let's change.
Charge.
Let's do what is needed.

domingo, novembro 13, 2011

Inspirar'

 
Olá.

Já faz tanto tempo que não lhe trago algo para beber, mas preciso contar coisas.
Preciso lhe contar coisas de mim, e nada mudou. Eu ainda desejo os mesmos desejos.
Ontem antes de dormir ele me olhou com os olhos fechados.
E mesmo que eu tenha pedido à chuva, eu o assisti morrer.
O amor em cada esquina de seus olhos, jorrando por toda perfeição angulosa de sua face.
É como a música que tu mais gostas.
Ontem antes de dormir eu amei o homem sem barba.
Mas já faz tanto tempo que não lhe trago algo, já não sei o que oferecer.
A inspiração ressonava em meus braços, mas já não sei como escrevê-la.
Ontem ele me inspirou.
Mas já faz tanto tempo que não.
Me perdoe.
Até mais.

 (Suelen de Miranda)

*Neutra. 
Bom?
Não.
Não lembro se já recomendei aqui a banda: City and Colour.
Enfim, as músicas 'dele' salvaram minha vida algumas vezes. Ah... e são inspiradoras.

quarta-feira, outubro 19, 2011

Silêncio compartilhado'



Tentei aprender as letras das músicas, juro que tentei.
Ainda que aprendesse, tudo iria ser tão agora. E mesmo que tu digas que não, há questões que não se discutem contigo.
Rosas me acordam do teu perfume, como se fosse preciso.
Sinto como se teu nada fosse meu tudo, de forma caótica, é claro. De forma extremamente caótica na verdade. Sendo assim que o claro permanece escuro e o escuro permanece em ti.
Eu sei cantarolar suas músicas preferidas, sei sim. Posso lhe mostrar antes de dormirmos, se dormirmos. Conheço a cor de teus olhos, e sei que o brilho nos mesmos - antes vidro agora diamante - é instável. Lhe conheço bem, para saber onde moram todas tuas cicatrizes, e o que as fazem doer.
Mas se preferir, posso aprender a me vestir de modo que me olhes como. Posso deixar meus cabelos crescerem. Posso fazer o que quiseres, pois entendo o por que.
Os crisântemos rodeiam tuas mãos, é como se separassem, mas por quê?
Tentei aprender a cuidar das flores para dar-lhe o melhor jardim, juro que tentei.
Ainda que aprendesse, tudo iria ser tão daninho. E mesmo que tu digas que não, há flores que morrem de alma ruim.
Como diz uma linda música: - Uma flor não sabe que é bonita durante toda sua vida, triste não é?!
Triste, por tu seres esta flor, e essa música não ser tua preferida e sim minha.
Sim. É como se tudo que escrevi até agora de nada valesse, ou sentido tivesse.
É como se eu estivesse errada, não é?!
Sei bem...
“A dor nunca vai parar enquanto permanecermos do lado de cá.” – Citou um escritor que tu nunca nem lembras o nome.
Apesar de concordar com tal citação, nego a minha e faço tua vida. Não, não peço nada disso.
E mesmo que também negue, o teu sofrer translucida acima de ti.
Não adianta se esconder, a culpa sempre será minha.
Eu não lembro tuas bandas, não me visto como.
Eu não sei cuidar do teu jardim, nem do buquê.
Eu não consigo correr o bastante para te levar para o longe, ou para o outro lado.
Eu não sei.
Mas eu te amo.

(Suelen de Miranda)
*oh god. it kills me.

domingo, agosto 28, 2011

Utopia'




Bem me faz, mal me faz. Mal me faz.
Drenado de mim o que era para ser meu, mas eu não sei por que não faz sol.
Procuro por onde virão todas as gotas da chuva que hoje não mais nos molha.
É como esquartejar uma pequena flor e saber que o mal não vem de sua última pétala.
Fechando os olhos e retirando dela o que o destino disse que seria nosso.
Bem me faz, mal me faz. Bem me faz.
Sai como chuva por entre as vielas da rua suja, desce a esquina e vai.
Leva como lágrima e lava nossas almas, para esperarmos o melhor da noite.
Deixar crescer;  sentir o aroma doce e assistir as cores.
Se bem me faz, ou mal me faz; já tanto faz.
As chuvas ainda hão de vir, e que sejam retirados de mim;
Minhas eternas pétalas da alma, mas da flor; não mais.
Sinto-me forte como todo um jardim.

(Suelen de Miranda)
* Me sinto bem hoje. Acho que pela música , acho que por ele, talvez por tudo.

terça-feira, agosto 23, 2011

2 em 1'

 

Entre teias de pó e cimento. Há uma voz que me faz voltar, me faz ver tudo o que passou e que ainda resta. Me faz crer na doença.  
Então me diga o que disseste antes, repita, seja clichê, não me importa. As gotas do copo d'água que tomaste já secaram sobre a toalha de renda, e feito água minhas lágrimas ainda não. 
Os restos de tudo, do todo que éramos, de quando seguravas minha mão, de quando eu esperava para morrer. Há entre os restos do pó; as teias, entre o cimento; o pó, entre a renda; a água.
Me faz crer, vamos! Me faz crer hoje, que amanhã eu ainda poderei olhar o céu, e descobrir que a noite é apenas o começo de uma nova manhã. 
Mesmo que entre chamas de vidro e areia. Há um reflexo que me faz voltar por ti, me faz vislumbrar o que ainda não conquistei, me faz crer que tu estás doente e é assim que deves permanecer.
Me diga, me mostre, tatue, costure, de maneira essa qualquer; apenas o faça ficar.
Pois os restos de tudo morreram mim, do todo que éramos hoje putrefam por dentro.  Ainda há chamas entre os vidros, entre os vidros; areia.
Tu me prendes e sujas, me assiste secar. 
Tu me queimas e marca de gado, me cortas e chateias.
Tu me dói.
Repita, faça clichê para lembrar... Tu és eu. 

(Suelen de Miranda)

*I don't know what to do.



domingo, agosto 14, 2011

Escuta'




Dedilha as cordas finas e dam dam daaam... hmm humm hum.
A voz roca entoa as palavras que nunca poderei escrever,
Nunca poderei nomear, mas poderei ouvir, sim... e tu também.
Um leve gemido e o peso dos dedos recorrem as cordas medianas, que ecoam seus gritos.
Ele fala sobre ela, mas saberá ela?!.
Disseram a ele que esquecesse, mas nunca o disseram que ela iria morrer.
Ele diz que carrega a nudez, sim... a nudez dela, vinda de seus olhos.
Espanca as cordas do objeto com cordas, e sussurra um ritmo.
Ele ainda fala sobre ela, mas saberá ela?!
Ele diz que o silêncio dela grita por detrás.
A falha na gravação deixa ainda melhor, o ar da vitrola que não há.
As palavras faltam; e hmm hmmm dam dam dammm, dammm... dam dam....
[...] toc toc toc.


(Suelen de Miranda)

*Perdão pelo escrito sem sentido acima, mas é que eu estava ouvindo "Girl called Itch" do Nelo Johann - o que não é novidade -,  e foi o que minha mente mandou meus dedos escreverem.
Enfim, está horrível mas... postei.
 -
Não estou um oceano de sorrisos, mas quando ele está comigo, bem...tudo é mais confortável.
Will (L).


quinta-feira, agosto 04, 2011

Que seja o amor'




Duas formas, dois seres, duas mentes, dois amores.
Não, um amor.
Um problema.
Se nos corpos houverem partes iguais, haverá guerra.
Mas se forem diferentes, digo-lhe; totalmente diferentes, poderás ouvir a marcha nupcial.
Ambos, sim, é o que lhe digo, ambos ainda são dois seres, duas mentes.
Mas para outrem; que repugna o diferente, o diferente é que se pode aceitar.
Se há igualdade, não há dois seres, haverá dois monstros.
Não, um amor.
Problema deles.
Se há diferença, há o que chamam de comum, mas é claro que sim;
É comum que julguem e deixem de amar, é sim. É normal.
É normal que esbocem a generalização da crueldade de sua própria maldade.
Problema nosso.
Duas formas, dois seres, duas mentes, dois humanos.
Genitálias iguais ou não, humanos. Cores iguais ou não, humanos.
Que seja o amor.
"Todos somos humanos, o amor deveria bastar."

(Suelen de Miranda)

*Não deveria?


domingo, julho 31, 2011

Agonia'


E as tempestades que deixo chover não me afogam. 
Tudo parece morrer, em mim, enquanto tudo aflora;
Desde os sóis às luas, desde os sorrisos ao conforto.
E os dias que deixo anoitecer não me levam.
São os tilintar dos talheres, são as vozes que comemoram o invisível,
Olhos que brilham o sol que minha vontade ignora, mãos que seguram os pingos da chuva que desgracei.
E as tempestades que deixo chover não me molham. 
É tudo tão suficiente quanto a chuva.
Quando os trovões insistem, eles morrem em mim. 
A ventania insiste, ela morre em mim.
Os raios de sol insistem, eles morrem em mim.
Cada pingo da chuva, morre em mim.
Mesmo que não.
Pois todas as tempestades que deixo chover não me afogam;
Porém mantém o nível dos oceanos perto de minhas narinas.
É tudo tão suficiente quanto a chuva.

(Suelen de Miranda)