terça-feira, novembro 15, 2011

Ruínas de sol'


É de beleza imensa, se parares para perceber.
As ruínas do céu e da terra acima das pálpebras dos homens; 
Acima de seus chifres.
Fume seu último cigarro, e respire a fumaça sem tragar a morte.
Junto de ti voam milhares de outros fantasmas, de outros passados.
É belíssimo, sim, é maravilhoso. 
Poderia chorar ao assistir daqui; as pessoas que brincam, que acham que vivem e morrem.
Poderia também reconstruir as muralhas a partir do mármore mais caro;
Por baixo dos pés dos homens, abaixo de suas retinas.
Beba um último gole de seu vinho favorito. Não me fará falta.
E mesmo que não fume, e prefira vodca, eu ainda poderia ajudar.
É de beleza que se faz, se parares para perceber;
De beleza e só, de amor e só.
O pôr-do-sol já não pode ser vendido;
E está demasiado caro para comprarmos.


(Suelen de Miranda)

*Let's change.
Charge.
Let's do what is needed.

2 Comentários.:

  1. Que belo, amor! Certamente que é um dos teus mais lindos escritos. Gostei-o demasiadamente!

    <3

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  2. Maravilhoso!
    Me identifiquei demais em muitas palavras, que deves deduzir quais. Sensibilidade em toda a parte.
    Aplausos!
    De poeta para poetisa,
    De irmão para irmã
    De sobreviventes que somos.
    Maravilhosa poetisa...

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