quarta-feira, abril 28, 2010

Sonhar?'


Fico perdida na beleza de tudo que vejo.
O filme de romance barato, o horror decadente.
O sol que na verdade; queima. O raio que realmente mata.
Fico perdida no caos do mundo.
A escolha autruista que vai contra meus naturais desejos.
A ave que chora, o solo que parece gritar.
Fico perdida na assimetria e rebelião dos corpos.
A morte física proveniente de um pensamento, a morte da racionalidade.
O espírito competitivo, o esquecer do coração.
Fico perdida na cobiça de poderes, a riqueza da ganância.
O manipular da atenção, a compra das mentes.
O esvair de personalidade, e adoração das tendências.
Fico perdida entre seres esperançosos, e covardes.
Seres que não sentem, não pensam, não amam.
Seres gananciosos, porém sem metas reais.
Seres que matam seus irmãos, seus amigos; exalando superioridade.
Seres que se dizem humanos, que se dizem racionais;
Seres que já não reconheço como minha espécie.
Na verdade; fico presa na beleza dos sonhos.
Me perdendo junto àqueles que ainda sabem sonhar.


(Suelen de Miranda)

*Sempre fui meio "humanitária". Mas ultimamente, este meu lado está se mostrando com maior frequência.
Sabe... sou como minha mãe, ela é feliz por ajudar as pessoas. Creio que herdei isso dela.
Sou, digamos... vegetariana. Minha professora comentou o fato de eu não me rotular assim, e eu refleti sobre isso; e é verdade: porque não?. Se deixar...eu choro só de pensar no fato da morte de uma galinha. Evito a carne como o Cascão evita o banho.

Bom, para concluir esta noite... O que eu sempre peço:
Deixe você ser feliz ok? Seja você, seja o que você quer ser, seja a mudança que você quer ver.

domingo, abril 25, 2010

De nada importa'


Hoje, eu mudei o percurso; continuei a andar só para ver aonde chegaría.
Enquanto meus passos avançavam sozinhos, arrastados.
Comecei a selecionar o que me anima, o que me pacifica.
Em um holograma psicológico, em frente aos meus olhos;
Dividos; de um lado ficara as coisas que eu ainda possuo, e de outro, as que me faltam.
Continuei andando, e as vozes, as luzes da cidade eram lânguidas.
Era como se nada daquilo fosse tangível.
Realizei que ainda tenho o "kit de primeiros socorros";
Família, amigos, emprego e batimentos cardíacos.
Por isso continuo aqui, em piloto automático, sendo marionete dos que me querem presente.
Acabei por perceber, que o que me melancoliza é minha decepção própria e a falta de um alguém.
Não ridicularize minhas tristezas, pois as duas são vitais para qualquer ser.
Auto-estima e amor. Os dois extremos do amor.
Ao me perder em pensamentos, me perdi no centro da cidade.
A chuva começou a cair, estava frio, eu estava sozinha.
Mas eu não estava com medo, eu não me importava.
Não possuo amor próprio suficiente para pedir ajuda e guiar-me de volta para casa.
Também não existe alguém que leve consigo o único amor que eu tenho.
Sabia que não chegaria a lugar nenhum, mesmo que caminhasse durante horas.
Mas eu não me importava.
Ele não se encontraria em lugar algum que fosse alcançável a pés descalços.
Não importara se morresse neste momento.
Ele não sentiria minha falta;
E eu não sentiria falta desta luta dolorosa, que alguns chamam de vida.


(Suelen de Miranda)

*Me desculpem novamente por uma poesia tão pobre e sem concordância.
Blogueiras, anjos que escrevem perfeitamente...Eu lerei seus desabafos, assim que puder.
Trabalho em frente a um computador durante toda a tarde; então evito ficar na frente do meu em casa.
Mas nos finais de semana, prometo que me faço presente e seus domínios.
Estou no fundo da cova, se é que me entendem... E há pedras em cima de mim, que me impedem de me levantar.
Preciso de ajuda.
Preciso dele, mesmo me odiando por precisar.
Preciso de algo que me faça feliz de verdade.

segunda-feira, abril 19, 2010

Se...'


Ela disse que precisavam conversar, sobre tudo, sobre os dois.
Ela também disse que não é feliz sem ele.
Ela perguntou por onde ele andou enquanto tudo desmoronava.
Ela citou as vezes que ele se atrasou, que mentiu, que omitiu.
Ela questionou seu sentimento, suas certezas.
Ela... com os olhos flamejantes em dor, gritou sem hesitar;
Ela...com todo seu amor, disse adeus.
Mas mesmo com toda decisão, seu remorso era visível.
Ela esperava uma resposta, ela esperava o amor.
Ele... não disse uma palavra.
Ele desviou o olhar do dela, e foi embora.
Ela sofreu durante meses, ou décadas em seu ver.
Ela chorou todas as noites, ela pediu para perecer.
Ela acordou, suas lágrimas secaram, mas seu sorriso jamais retornou.
Ela, cercada por muros psicológicos de titânio; está protegida aparte dele e de todos.
Ela está protegida de si mesma.
[...]
Ele a chamou em frente ao seu portão.
Ele gritou arrependimentos e declarações.
Ela fechou a janela, fechou os olhos, fechou seu coração.
Ela agora perguntava a si mesma; para o que havia sofrido...
Se ele voltara.
Se ela soubesse; não haveria derramado uma lágrima sequer.

(Suelen de Miranda)


*Escrita com justificativa auto-suficiente.
Estou sem muitas palavras esta noite. Não estou bem.
É isso.
(ps: Sim na foto é o Miyavi. Eu só usei a foto dele porque a foto de alguma forma encaixou com o que eu sentia o escrever.)

sábado, abril 17, 2010

Mortos ou Vivos?'



Quando paro pra pensar, nas vezes que me fiz em desespero.
Parecia que tal incômodo jamais acabaria.
Mas, por mais fútil que seja o que faço neste exato momento.
Não é o que fazia antes; não é o que me deixara desolada.
Tudo passa; o presente está passando, e o futuro por mais assustador, também passará.
Nenhuma dor é para sempre, e mudar é sempre possível.
Vivemos sabendo de apenas uma coisa certa: A morte.
Ela assusta, domina nossa segurança.
Mas creio que o pior não é simplesmente morrer;
É triste quando morremos ainda estando "vivos".
Morte de espírito é mais dolorosa que qualquer homicídio.
Porém nela, temos a permissão de renascer.
Eu percebi que para saber o que era bom, eu tive de experimentar por vezes, o ruim.
Pois o que seria da luz, se o escuro não existisse?!
Não desesperar-se é a chave pra resolver o que nos aflige.
A dor e a angústia sempre passam.
Assim como o tempo...A vida.
Tú sabes que teu único destino sem mudanças, é a morte por completo;
Mas será que sabes que ao esperar a morte, se esquece da vida;
E ao esquecer da vida, se alcança a morte em exato?!.


(Suelen de Miranda)

*Hoje postei realmente um 'texto', não estou conseguindo me expressar em poesia. Desculpem por ele ser tão 'pobre'e sem muita concordância...mas ele fez sentido pra mim. Na verdade minhas palavras estão ausentes, mas estava prestes a enlouquecer. Precisava colocar meu momento em linhas.
É assim que estou me sentindo hoje. Creio que isso fará alguém pensar, talvez sorrir; se exercer a filosofia do texto.
Comecei a trabalhar, e isso é ótimo; ao menos eu me "distraio", os dias passam mais corriqueiros, e em frente a centenas de pastas, e centenas de arquivos de excel; fica difícil pensar em coração partido, ódio próprio e afins.
Obrigada a todas (porque apenas mulheres lêem minhas "lágrimas"?!) que comentam e que realmente leram tudo que já escrevi por aqui.
O que tenho pra concluir e pra pedir a vocês é: que deixem vocês serem felizes, ok?

terça-feira, abril 13, 2010

Só para ti'



Como tudo que me prende a este quarto; solidão.
Nada que me diverte; cidade.
Parte incompleta de mim mesma; você.
Saí a procura de sorrisos.
Pescando em cantos de bocas, em conversas alheias.
Encontrei encômodo.
As luzes da cidade de um sábado a noite me causara repulsa.
A momentânea empolgação dos seres, me perturbava.
Como tudo o que me machuca; saudade.
Nada que eu compreenda; sumiço.
Parte imcompleta de nós dois; verdade.
Procurei por distração.
Favoritando superficialmente cada movimento das ruas.
Encontrei solidão.
As luzes já me pareciam lânguidas.
Voltando ao meu ponto de partida, você se faz presente.
Me acompanha, sem sensurar minha solidão.
Você está comigo, sem querer, sem saber.
Em cada espaço da minh'alma , em cada parte do meu ser.


(Suelen de Miranda)

*Meus pensamentos estão piores que as ruas do centro de São Paulo.
Bom...mesmo o texto acima , sendo meio "down".
É pra alguém que me faz muito bem.
E que estou feliz de ter novamente comigo.
Hoje finalmente deixo-lhes sorrisos.
Obrigada à quem lê minhas 'lágrimas'.

terça-feira, abril 06, 2010

Medo'



Estamos no outono, as folhas caem, o frio sussurra.
Tua ausência grita em apelo do meu querer.
Se eu te disser que estou com frio; de que minhas mãos estão gélidas, apenas por esperar as tuas...
Que vejo minha atmosfera em sépia, e que isso está me deixando cega...
Isso fará alguma diferença; fará com que você me diga uma palavra.
Fará com que você venha até mim?
Estamos no outono, o cheiro doce ainda se propaga fraquejante no ar, o frio sussurra.
Me pergunto...Quais são os teus medos?.
Eu também estou apavorada, sem saber a definição do "porquê".
Sem saber se há mesmo um motivo para isso.
É outono, me deixa sussurrar algo no vento.
Espero que consigas me ouvir dizer; que sinto frio, que sinto saudade.
Espero que consigas entender, que eu te amo.
O outono não termina, as árvores estão nuas, e meu coração congela.

(Suelen de Miranda)


*Hoje estou conseguindo me expressar só em poesia mesmo, estou num clima , digamos... : "Que é pra ver se você volta, que é pra ver se você vem, que é pra ver se você olha pra mim..."(Mentiras - Adriana Calcanhoto).
Deixe você ser feliz ok?!.
É isso.