terça-feira, janeiro 31, 2012

Inércia'



Talvez eu me importe demais, pergunte demais, escute demais.
As horas nunca passaram com tanta delonga quanto aqui.
Enquanto deixo cada pedaço de mim para carniça tudo parece correr para um novo tempo. Uma história onde eu ainda não pude estar. Uma estória que ainda não pude inventar.
Talvez eu ande com muita pressa, pergunte e escute com pressa demais.
Faz tempos que as horas não me são suficientes para ouvir.
As partes que um dia me foram, hoje não me dão esperança.
Talvez eu me importe demais, sinta demais, desculpe demais.
Há cicatrizes em mim que voltarão a sangrar, eu sei. Há sorrisos que eu nunca irei lhe dar, eu sei.
Talvez eu me importe demais, chore demais, morra demais.
Talvez uma hora dessas você se canse de permanecer empoeirado.

(Suelen de Miranda)
*i'm so tired...

quarta-feira, janeiro 25, 2012

Te afasta'



Enquanto os abismos se encontram deste lado, eles nem ao menos desconfiam.
A luz está acesa para que ainda pareça claro, porém nunca será do lado de dentro;
Dentro de mim, de dentro daqui.
Já faz algum tempo que não estou aqui verdadeiramente, pois os dias me levaram e ainda não desejam voltar.
Os abismos se encontram deste lado, o doentio e o que beira a morte.
Os impulsos são de pânico e esperança. São impulsos que apenas fazem doer.
Neste momento sei que os barulhos do outro lado estão esperando por mim;
Eles nunca nem ao menos desconfiam, mas sempre esperam.
Enquanto os abismos se encontram deste lado, eles nunca entenderão.
Estou morta, e já faz algum tempo.
De nada mais adianta.
Te afasta, logo terminarei de putrefar.

(Suelen de Miranda)

-i feel like i can't make him any happy
-just binged, i feel disgusting.

terça-feira, janeiro 24, 2012

Açúcar'



Estamos em um momento em que o amor não quebra o coração.
As sombras estão dançando sobre mim;
Parece chover em cada canto do mundo, mesmo que não.
Vivemos em um momento em que a luz não mais nos deixa feliz.
Estamos em lugar onde estarmos juntos é só o que mantém.
As folhas suportam as gotas sem culpa;
Parece ventar apenas para mim, mesmo que não.
Virá um tempo em que as lágrimas irão voar para as nuvens;
Mas estamos em um momento em que somos açúcar.

(Suelen de Miranda)

*"can't see no light... can't hear no bells. They walk right over me, can't hear my yells {8}"
Acho que devo parar de postar, meus escritos estão mais ruins do que de costume, a prática parece que só faz piorar, damn.
Quem deveria voltar a postar é ele. E por falar nele... 
Ele é meu único motivo, por tudo, por mim e por ele.

sexta-feira, janeiro 13, 2012

Cicatrizes'



Foram dias de desespero, mas ninguém viu. Ninguém ouviu.
O peso dos ares de todos os lugares; de todas as pálpebras;
A pressa das almas de todas as pessoas, de todos os seres.
Eu fiquei para trás, sem que notassem;
Bebi cada onda que aquele mar insistia em me mostrar.
Foram dias de desespero, mas ninguém viu. Ninguém ouviu.
A dor de todos os roxos; de todas as cores rubras;
O vazio de todas as mentes; de todas as camas.
O mar poderia me ouvir, mas eu não.
Fiquei para trás, sem que notassem;
Inalei cada nuvem que aquele céu insistia em me mostrar.
Foram dias de desespero, mas ninguém viu. Ninguém ouviu.
Eles apenas sorriam.

(Suelen de Miranda)

*07-01-2012- 00:55 a.m.

quinta-feira, janeiro 05, 2012

Sem clemência'



Ela descia os degraus aos soluços;
Eu pude ouvi-la do outro lado a porta.
O pó ainda cairia se ela fosse embora, não importava;
Nada. Nunca nada importou.
As lágrimas eram questionadas do porque de estarem ali, já que não.
Ela respirava o ar que nunca quis, para esquecer-se da morte.
E eu escrevia como se o tempo congelado fosse;
Vida não houvesse. Nunca houve.
Então ela descia os degraus aos soluços;
Eu pude ouvi-la do outro lado da porta.
Ela ainda me seria e eu ainda seria ela.

(Suelen de Miranda)

*Me desculpem pelo escrito podre. 
Havia escrito isso faz alguns dias, permaneceu nas páginas de um caderno velho até esse momento. Hoje me veio a calhar.

Foram dias de desespero, mas ninguém viu. Ninguém ouviu.