quinta-feira, abril 14, 2011

Veias'


Unhas que cintilavam um vermelho profundo, talvez demasiado.
Cabelos que ondulavam nas poças, poças de sangue, poças de vida.
O olhar dela perdendo-se, dançando em meio aos opostos.
A pele de palidez macia, adoecia ao redor de seus lábios.
Ah...seus lábios, eles que antes pulsavam o rubor da vida; agora tremiam gélidos.
“Talvez a salvação fosse o agora, o alguém.
Mas quem poderia dizer que ela poderia ser salva?!
Ela agora sangrava.”
Mãos que deitadas banhadas em dor, tremiam de medo, ou de arrependimento talvez.
O próprio reflexo, pudera ver. Figura miserável.
“Talvez o arco-íris, viria após a tempestade, mas ninguém deu a ela um guarda-chuva.
Talvez muitas coisas. Talvez ninguém soubesse que ela choraria seu coração naquela noite;
Mas...talvez muitas coisas.”
E quem pode dizer que eu posso ser salva?!
Eu agora sangro.

(Suelen de Miranda)
*...

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