quinta-feira, abril 28, 2011

Casamento'

  
Casar dois objetos, duas palavras, ou duas almas.
Casar duas coisas, e casar coisas com essas mesmas.
Casar as coisas ruins, e esperar que as duas almas suportem.

Por todos os lados vejo ruínas do que eram para ser relacionamentos, do que eram para ser casais. Ninguém ao menos percebe que a ridicularização do que fazem pode ser tão enferma e errônea para o alheio que antes fazia da cama do outro um prazer só.
Os olhares não se encontram, as palavras já não se respondem. Já que só falam o idioma dos lábios, dos corpos, e da libido.
Tudo o que era pra ser, e hoje é ruína; começou por eles. Paixão, e pseudo-amor maquiando o futuro que ainda não têm.  
Mas como já foi dito: "É melhor amar e perder, do que nunca ter amado". Então saúdo a visão daqueles que tentam.
O pior do todo, é casar duas coisas que não se completam, que no sentido poético; não se amam. E isso é clichê hoje. Namorar alguém pela forma de seu corpo é clichê. Trair é clichê. Engravidar para casar é clichê. E apenas casar-se já é clichê.
Por todos os lados, vejo casais mais amigos que amantes, casais mais namorados que casados, mais de todos e menos deles. E isso, é o pior do todo.
Nada mais impede que dois talheres se casem em um jantar, ou que duas palavras se casem em um pedido. Assim como nada impede que duas almas se casem em um relacionamento, porém os talheres e as palavras terão seus casamentos eternos, pois se precisam, e mesmo que as duas almas se casem, o amor faltante as impede de perdurar.

(Suelen de Miranda)
*Escrevi este texto no trabalho, na 2ª feira. 
Perdão, pela escrita pobre e sem concordância.
Ah Alfa...estou desmoronando, e não posso apoiar-me em ninguém. Pudera eu dormir e esquecer de mim, mas dormir em eterno. Pudera eu, desistir por mim.
Mas tenho de suportar por ele. E por todos.
Enfim... recomendo as bandas: Mumford & Sons, Poets of the Fall, e o cantor Justin Nozuka.

sábado, abril 23, 2011

Tão nosso'



E ele parece desaparecer a cada segundo, a cada beijo.
As nuvens negras cobrem a luz que nele habita; as nuvens do tempo.
Abraços, dedos, corpos e mentes entrelaçados fazendo um.
“Meu coração sairia de meu peito, só para assim estar mais perto dele.”
Sem censuras, sem finais, a pura e doce eternidade.
Uma eternidade tão minha, tão dele.
Ah... Seus olhos, o mais profundo dos brilhos e a mais pura verdade; somente neles.
Olha-me como quem protege de todo o caos, penetra em minha mente como morfina.
Mas ele parece desaparecer a cada segundo, a cada olhar.
Nunca é perto o bastante, estar com ele é como querer chegar ao infinito.
Nunca... Nunca será o bastante, talvez para suprir, talvez para acalmar.
Dentro de mim, letras em poesia que não posso terminar, ritmo no descompasso;
Dentro dele, o mais enigmático dos silêncios, um sentimento que não sou capaz de medir.
Assim; dentro de nós, algo que ser quer, que poderia morrer aparte, mas que não nos pertence realmente.
Pelo Alfa, pudera eu viver eternamente ao lado dele.
Sem lágrimas, ou falsos sorrisos. Morfina e mais morfina de seu amor.
Um amor tão meu, um amor meu tão dele. Tão nosso.

(Suelen de Miranda)

*Pois é... ele finalmente chegou. Chegou na 3ª feira (19/04)...mas hoje já é sábado e, amanhã eu já não o terei mais comigo.
Ah...Por Deus, pode parecer exagero, mas eu não sei o que farei sem ele. 
Nosso encontro serviu para que eu firmasse totalmente o que eu já sabia. Eu o amo. Com toda certeza, amo mais que a mim.
As horas simplesmente voam pra tão longe, quando estamos juntos. A eternidade me parece pouco olhando daqui. 
Posso dizer, que ele é minha felicidade plena, minha loucura e minha sanidade. 
Espero realmente que tudo dê certo para nós. 
-Te amo Will.

quinta-feira, abril 14, 2011

Veias'


Unhas que cintilavam um vermelho profundo, talvez demasiado.
Cabelos que ondulavam nas poças, poças de sangue, poças de vida.
O olhar dela perdendo-se, dançando em meio aos opostos.
A pele de palidez macia, adoecia ao redor de seus lábios.
Ah...seus lábios, eles que antes pulsavam o rubor da vida; agora tremiam gélidos.
“Talvez a salvação fosse o agora, o alguém.
Mas quem poderia dizer que ela poderia ser salva?!
Ela agora sangrava.”
Mãos que deitadas banhadas em dor, tremiam de medo, ou de arrependimento talvez.
O próprio reflexo, pudera ver. Figura miserável.
“Talvez o arco-íris, viria após a tempestade, mas ninguém deu a ela um guarda-chuva.
Talvez muitas coisas. Talvez ninguém soubesse que ela choraria seu coração naquela noite;
Mas...talvez muitas coisas.”
E quem pode dizer que eu posso ser salva?!
Eu agora sangro.

(Suelen de Miranda)
*...

sábado, abril 09, 2011

Posso desaparecer?'



Tudo que eu gostaria de ver, gostaria de desenhar em você.
Desenhar a paz, desenhar o amor; desenhar-me em você e poder acreditar.
Pois mesmo que eu me perca, és a única saída.
Se eu me assustar, ou se eu sorrir; és tu a calma e minha razão.
Apenas o que quero ver, quero desenhar em você.
Desenhar um sorriso, e apagar qualquer lágrima.
Gostaria de desenhar-me em você da mais felicita forma.
Desenhar-me em ti, te colorir.
Cores precisam de luz, então me perdoe por não ser suficiente.
Tudo que eu gostaria de ver, gostaria de desenhar em você a maior das felicidades.
Mas eu não posso nem ao menos alcançar-te.
Sou pequena e grande demais, sou o bem mas o mal também me refaz, sou o tudo estampado, porém sou o nada que se mostra.
Perdoe-me, já que não posso desenhar em você; tenho de me apagar.
Apagar-me para nós.


*Eu sou tediosa. Me desculpe.
(foto: Lea Seydoux)

quinta-feira, abril 07, 2011

Eu que me aguente comigo'



Pouco sabe da tristeza quem, sem remédio para ela, diz ao triste que se alegre; pois não vê que alheios contentamentos a um coração descontente, não lhe remediando o que sente, lhe dobram o que padece. 
Contudo, contudo. Também houve gládios e flâmulas de cores, na Primavera do que sonhei de mim. 
Sou imparcial como a neve. Nunca preferi o pobre ao rico. 
Como, em mim, nunca preferi nada a nada. 
Então não diga ao triste que se alegre.
 "Em um mal outro começa,
que nunca vem só nenhum;
e o triste que tem um
a sofrer outro se ofereça;
e só pelo ver, conheça
que basta um só que tenha
para que outro lhe venha."

Então...quem é que tu amas?
- Quem é que tu amas? - continuou Murphy. 
- Eu, tal como sou. Podes desejar o que não existe, não podes amá-lo. 
- Nada mal, para um Murphy.
- Se assim é, por que diabo te esforças tanto para me modificar? 
-Para poderes deixar de me amar - aqui, a voz subiu e atingiu uma nota bastante honrosa - para deixares de estar condenada a amar-me, para seres dispensada de me amar.  
Caí pela escada abaixo subitamente, e até o som de cair era a gargalhada da queda.
Cada degrau era a testemunha importuna e dura, do ridículo que fiz de mim.
 
Mas isso era outro mundo.
Contudo a minha mágoa nunca me fez ver negro o que era cor de laranja.
Acima de tudo o mundo externo!
Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim. 



Emaranhado de trechos:
"Não se diz ao Triste que se alegre" de Luís Vaz de Camões, in "Cartas"
"Quem É que Tu amas?" de Samuel Beckett, in 'Murphy'
e "Eu que me aguente comigo" Álvaro de Campos, in "Poemas" (Heterónimo de Fernando Pessoa).


*Adaptação. por mim, claro. Adaptação ridícula, talvez sem sentido para outrem. Mas enfim.
Eu gostaria de ter colocado algum trecho vindo de Confúcio, mas ele é sábio demais; e meu espírito está preguiçoso para coisas intelectuais. 
- Hoje, foi meu 3º dia de atestado médico; na 2ª feira não consegui ir trabalhar, estava em ruínas. Tive que pagar uma consulta com aquele psiquiatra lerdo  pra pegar um atestado.; acho que meu chefe está puto comigo, mas que se foda sabe?!. Não ele, mas a situação. 
 -Vou mudar de psiquiatra e começar com uma psicóloga amanhã. 
- Eu?...sem propósitos, nem vida. Apenas sobrevivendo sabe?!. 
-  Mais 2 finais de semana, e eu finalmente o verei. Aí sim, terei minha morfina comigo, e espero ter uma overdose do amor dele.
- Estou terrívelmente gorda, meus braços parecem troncos de árvore, fora as cicatrizes que eu me auto infringi. Minhas costas: gorda. Tudo gordo. Um inferno.
- Estou extremamente triste, com tudo. E também não sei como vou contar tudo a ela...mas enfim. 
-Quero sair do trabalho, mas todos me "forçam" a ficar. E isso está me irritando. Mas calma... é só até eu explodir com todo mundo, aí eles vão ver que eu falava sério. 
- A única coisa que está realmente me fazendo feliz, é ele
Desabafei. Acho que é isso. 

[foto: Dakota Fanning.] 

sábado, abril 02, 2011

Quer se casar comigo?'

Frágil.
Não se preocupe, pois são apenas asas de um amanhã que ainda voa.
Partes de um acordo de outras pessoas, de outro tempo, partes frágeis de nós.
Sinto as espécies dos ventos, sinto demasiado; pois por ti fui despida.
Frágil.
Não se preocupe; é um amanhã frágil, mas que irá nos guiar.
Partes de tuas promessas já lhe tomaram as asas e parte de minhas crenças.
Sinta as cegas e surdas horas, sinta que elas caminham junto ao ontem.
Frágil. Tão frágil, tão nosso.
Em um amanhã que nos espera, ao seu lado e ao meu; não se preocupe.
Tão frágil é meu amor. Tão frágil, tão teu.
Mas não se preocupe, pois já não é meu; agora é teu meu frágil coração.
Aflijo-me, porém logo não mais; pois é tão frágil, mas é contigo.

(Suelen de Miranda)
*Ai ai, só o amor dele é capaz de me permitir algum sentir. 
Quem lê os últimos posts de ambos os blogs pensa: Lágrimas Aleatórias e Animus Immortalis estão in love. /hahaha ;x
É...pois é. <3
Alguém já ouviu falar em Villa Ramadas? a clínica? querem juntar dinheiro pra me internar lá? 
To zuando/ e não to.