Ao som do piano sem teclas, ao adormecer do pianista.
Sinto meu coração exercer de melodiosas juras, eternas.
Tais invisíveis teclas apenas por seus dedos esguios, dançantes na ausência.
Sinto seu hálito gélido e adocicado acarinhar minha face, ilusionista.
Posso ouvir seu canto dizer-me as notas do amor, as quais só ele leciona.
Ao som do piano mórbido, a delicadeza do silêncio.
Vejo seus olhos, direcionados a mim, no deleite completo.
Apenas em imagens lânguidas, apenas em minhas súplicas.
Ao som do piano sem música, ao esperar do pianista.
Não há o que fazer, não consigo tocar-lhe melodia alguma.
Minhas mãos querem apenas seguir as dele, a bailar por tais teclas.
Minha pele se faz mármore, a flamejar o desejo do toque.
Não posso ao menos tentar, sem destruir a perfeição do pianista.
Meus dedos debatem, em busca do ritmo.
E meu coração em surdez, sem as únicas e inefáveis notas do amor.
Sem meu pianista... As quais somente ele, sabe lecionar.
(Suelen de Miranda)
*Para Wilhelm.
Su...
ResponderExcluirO que senti ao ler estes versos eu poderei descrever jamais, não existem ainda palavras que em si possam exprimir toda a emoção e todo o sentimento em mim contidos neste momento.
Roubaste-me o coração. Sou amor cativo do teu olhar.
(F)
♥
ResponderExcluirSu... que lindas palavras... Como uma apaixonada por piano posso dizer que quando toco coloco toda emoção escondida nas notas, em cada tecla, em cada toque...
ResponderExcluirE eu estava com saudades de aparecer por aqui... E eu desejo que estejas bem...
beijos