Eterno'

Eu o nego até vê-lo em realidade.
Moldo meus passos em direção oposta à tua.
Me escondo de tua sutíl procura.
Não permito meus lábios pronunciarem teu nome;
Prefiro mordê-los, sentir sangue ao gosto da perda.
Policío em tudo que me cerca de te focalizar.
Em tudo. Depois que você foi embora.
Suplíco à minha própria mente que te faça morrer;
Que faça não existir, não lembrar-te.
Porém, aqui, em linhas te trago o mais próximo.
E tenho a ti, eternamente.

(Suelen de Miranda)

*Não estou bem. Sem muitas palavras hoje.
A poesia de hoje, havia sido escrita a um tempo, só que estava no meu caderno de capa negra; e percebi que não teria outro melhor momento para ela ser postada. Então aí está.
Espero que gostem.
É isso.

Razão, motivo'

No dia em que me sinto forte, creio que estou mentindo.
Por todos os lugares desta casa vazia eu procuro um motivo.
O único motivo.
Percorro cada instante do vento canalizado, cada simetría da parede.
Apenas um motivo, pra que eu faça o mesmo na manhã seguinte.
Olho-me no espelho, esperando ler meus lábios pronunciarem a solução.
Impeço todo, e qualquer ruído alheio; apenas para ouvir-me dizer que tudo ficará bem.
Hoje me sinto fraca, frágil como porcelana fina, esmaltada em tinta invisível.
E em um elã repentino, faço o que levei meses para educar-me a fazer.
Simples, definitivo. Porém temporário.
A exaustão me toma num todo.
Já não consigo respirar a vida.
Em meio a insanidade de meus pensamentos; realizo que ao pesar o lado da morte;
Posso ver em conclusão não fictícia; a dificuldade demasiada em viver.
Continuo a procura de um motivo.
Mesmo soando piegas; busco um motivo para continuar a viver.
Porém ele dissolve, em meio a tantas súplicas.
Eu o perco de vista. Eu perco a energia, e minha essência.
Já sem forças, apenas me deixo.
Caindo assim, no lugar onde os sonhos ainda existem;
Lugar, onde vejo-me de joelhos.
E mesmo sendo sonhos, alguns deles não são rotulados; bons.
Pois um deles é onde, em prantos;
Vejo a mim mesma, em desespero evidente, pedindo para não mais acordar.

(Suelen de Miranda)

*Esta noite minhas lágrimas me abraçaram de tal forma, que achei que ficaria mais um dia sem escrever.
Pois quando elas estão tão intensas; fica difícil ser formal, e escrever algo.
O motivo pelo qual eu estou assim?; Todos possíveis.
Estou pensando seriamente em me entregar novamente á 'elas'. Eu estava resistindo, mais vejo que fico cada vez pior.
Conclusão de todos esses dias que fiquei sem postar: Não consigo mais me olhar no espelho, nem sair de casa. Parece que todos me olham e comentam como eu estou enorme. (E eles têm razão).
Outra coisa... Lembra daquele que falei que merecia meus sentimentos?. Estou começando a duvidar de meu próprio argumento.
Bom... mesmo eu não sendo a pessoa mais de astral elevado para dizer isso...
Deixe você ser feliz ok?!.
Infelizmente deixo-lhes apenas lágrimas esta noite, Lágrimas mais aleatórias que os motivos pelos quais elas caem.
Obrigada àqueles que comentam, muito obrigada.

Adeus'

Gostaria que em tua última lembrança de minha face; houvesse um sorriso.
Mas como poderia fazê-lo se as lágrimas pesam em meu rosto; não há como sorrir.
Meu desejo era mergulhar em teus olhos, aninhar-me em teu abraço; eu não deixá-lo ir.
Porém, isso não aconteceria, pois estávamos tomados pela soberba sobre nossos sentimentos.
O trincado perfeito, se esfaleceu, enquanto tu falava.
Meu coração, desmoronava a cada palavra tua banhada de "razão".
Minha mente contornava a emoção;
Você também equivocou.
Não dê as costas e siga sua trilha revestida com espinhos flexíveis de veludo;
Nem ao menos deixe tuas palavras omitirem tua verdade emocional;
Suplico, que me olhes uma última vez.
Veja o que abandonas. Veja o que um dia, será proibido ao teu toque.
Irei deixá-lo ir, contra todo meu querer.
Pois eu errei em alguns momentos.
Mas sem ao menos entender, me pergunto se meu erro maior foi dizer-lhe ontem...
Que o amava.
Só não deixe tuas lembranças esvaírem o fato de que você também equivocou.
E que talvez, hoje...Este seja  o maior erro que já cometeu.
Adeus.

(Suelen de Miranda)

*Ele... sempre ele. Quando estou em ápice, ele me golpeia, me jogando novamente ao chão.
Mas está tudo bem. Eu irei ficar bem. Ele já não toma todas minhas lembranças, apenas em momentos aleatórios, eu penso como seria. Mas...vai ficar tudo bem. 

Se estou bem esta noite?. Digamos que tenho palavras, mas minha fonte de lágrimas está seca.
Mas infelizmente isso não quer dizer que estou feliz. É que estou apenas neutra, nenhum sentimento me toma hoje. E isto... é o que mais me tortura.
Obrigada a quem lê minhas lágrimas.
É isso.

Ausência'

Hoje, creio que vislumbrei uma criança a sorrir.
Mas não senti a atmosfera de paz, que deveria se irradiar por mim.
Olhei o céu,acredito que estava azul celeste, com nuvens brancas e partes rajadas de laranja pelo sol.
Reclamei a mim mesma que ele estava nublado.
Fitei um casal entrelaçado, em beijos e murmurios apaixonados.
Porém, os dois vestiam cinza, suas faces eram de um branco gélido.
Parti em procura das cores.
Elas não estavam descançando nas pétalas da rosa, nem embalando as águas de um córrego.
Procurei sem vitória.
Assim quando já estava demasiado exausta, deitei-me e adormeci.
Os sonhos me envolveram, e percebi que as cores que tanto procurava, se faziam presentes.
Junto a ti.
Realizei que tua ausência, deixa meu mundo monocromático.
Mas o que fazer com todas essa milhas que nos separam?
Que separam o colorido da vida, de minha saudade em preto e branco?
Já posso despertar, e ir a tua procura.
Agora, não desperdiçarei minhas energias em vão.
Chegarei onde tu te encontras. Encontrei novamente minhas cores.
Encontrarei você.


 (Suelen de Miranda)

*Hoje meu dia foi bom , se me referir aos transtornos.
Obrigada, a quem lê minhas lágrimas.
Hoje lhe deixo sorrisos.
Só mais uma coisa... Deixe você ser feliz, tudo bem?!
É isso.