Há sempre um problema.
Tu que se foi de nada adianta,
Teus gritos não me tremem as janelas…
Meus joelhos não tocam tua cova.
Há quem diga que tudo se resolve;
Mas se tu morto desejando viver,
E eu viva desejando te ver.
Nenhum de nós poderia prever.
Há sempre um problema.
Ele que se vai de nada adianta,
Minhas mãos não acertam seu ritmo…
Seus olhos não me perfuram a carne.
Há quem diga que tudo se resolve;
Mas se eu escondendo a chave,
E ele tateando o escuro.
Nenhum de nós poderia querer.
Há sempre um problema.
Eu que permaneço de nada adianto,
Todos os toques não me sentem por dentro…
Minhas dores não sabendo chorar.
Há quem diga que tudo se resolve;
Peço que se olhe onde vai assinar.
Pois foi escrito em letras miúdas pra que ninguém mais pudesse ler.
Onde eu pontilho minhas linhas não tem lugar para escrever.
[Suelen de Miranda]
*Por algum motivo o mundo fez silêncio dentro desse quadrado hoje.
Talvez um dos piores textos atuais. Talvez, mas tanto faz.
Uma das poucas promessas que eu ainda tenho mantido comigo, e assim continuo sem filtro.
Não parece certo. Mas é sentimento de lar.
É sempre mais correto fugir, e tratar com ausência. Mas quem sou eu pra saber? Está tudo errado.
Me perdoa?
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