Qualquer um serve.
Contanto que me sirva,
Que segure minha mão pela metade;
Caindo em forma de dezessete frases sem saber parar.
Seria cômico se tua carne já não houvesse sido digerida,
Seria mais fácil se tua morte fosse longe como dizem.
Me deixa te contar…
Qualquer um serve.
Contanto que me sirva,
Que dance comigo após parcelar a compra;
Beijando em forma de risada sem querer disfarçar.
Seria engraçado se teu carro pela metade ainda fosse nosso guia,
Seria mais fácil se tua ausência fosse temporária como dizem.
Me deixa te culpar…
Qualquer um deveria servir,
Contanto que me servisse,
Que me chamasse pelo nome do órgão que ama;
Abraçando em forma de mãos minha garganta sem poder deixar.
Qualquer um deveria servir,
Contanto que tomasse teu lugar,
Ou que ao menos me fizesse parar de desejar.
Pois onde tu me esperas não dá de visitar,
A não ser que me busque numa dessas noites;
E como sempre não me deixe voltar pra casa.
Qualquer morte serve.
[Suelen de Miranda]
*As visualizações mostram como luto cansa. Se ler já é fadiga, imagina sentir.
Tem dias que eu não sei como a perna direita vai levar a perna esquerda e eu vou chegar no trabalho.
Tem dias como hoje que ele vem me visitar demais e eu quero só ir junto.
Hoje a música gritou nessa cabeça cansada feito sanatório. E apesar de todas as quedas, eu agradeço por vir.
"Chove toda vez que eu sinto saudade." Pessoas da cidade que me perdoem. Céu é cúmplice.
Sinto a falta sem tamanho. Toma tudo e tudo se toma.
Morreu. TEM IDÉIA DO QUE É ISSO? Morreu.
E PORQUE NÃO EU?