domingo, julho 21, 2019

Memorial'

Não olho para trás.  Não mais.  Os dias são melhores em menos tempo, Pois quando se corre, não se alcança. Não é preciso pra poder saber,  Que tu me beija a nuca a cada fôlego. Não olho para trás. Nunca mais. As noites são piores sem tua lembrança, Pois quando se tenta, não se esquece. Não é preciso pra poder te ver, Enquanto me sorri por dentro das pálpebras. Não olho para trás. Não mais. Se ignora apenas o que se quer apagar,  E por mais que eu já tenha, nem tu pôde. Não olho para trás por saber; Não mais...Porque Não ter certeza da tua ausência; É o que me ajuda a ter certeza de você.


[Suelen de Miranda]

* Não foi o suficiente, mas se está em linhas deixa de estar nas veias.
Quem diz que o poço tem fundo, tem sorte da vida rasa que tem. 
Eu continuo com raiva, e tem vez que parece que ao invés de diminuir, ela inunda. Perdoa, coração.

https://www.youtube.com/watch?v=YaVE4WVlsDQ&feature=youtu.be

segunda-feira, julho 15, 2019

Estrume'




Quanto se pode aguentar?
Entre carne e osso há vários limites;
Entre passado e presente.
Dores acima, uma nebulosa de hematomas.
Quanto se pode aguentar?
Entre pele e sangue há várias linhas;
Entre presente e futuro.
Dores por dentro, uma sinfonia de arranhões.
Quanto se pode aguentar?
Fisicamente um ou dois golpes,
Mas a profundidade é regra da gravidade.
Quanto posso aguentar?
Falo de minha mente e alma sem saber explicar;
Talvez um dia eles entendam que a mente é parte do corpo,
E ela é a única que sabe matar.





[Suelen de Miranda]

* Não é de hoje. 
Eu só sei falar sobre ele, luto... luta. Então mais fácil escrever só de ler algo antigo, mas que faça sentido. Não era isso que eu queria dizer. Mas há tanto.
Não sobrou quase ninguém... E tentando ser lógica, mas provavelmente a culpa é só minha. A culpa sempre é minha.
Não tem porque alguém permanecer mesmo. Se eu pudesse eu também fingiria que eu não existo.