Meu corpo é feito de água.
Pode correr por todos os metros, pode voltar a língua;
Tem vez que se tampa e não se vê,
Mas nunca me afoga.
Sempre é apenas questão de doer.
Teu corpo é feito de nada.
Pode restar alguns pedaços, pode estar lá;
Tem vez que se enterra e não se esquece;
Mas nunca te pulsa.
Sempre é apenas questão de esquecer.
Meu corpo é feito de erros.
Pode conter todas as quedas, pode voltar a ti;
Tem vez que se morre e não apodrece;
Mas nunca me mata.
Meu corpo é feito de memória.
Pode tocar outras peles, pode voltar a sentir;
Tem vez que lembra e não se crê,
Mas nunca se acaba.
Todo dia é manhã de um dia ímpar,
Todo dia é tua última noite.
Eu devo ser forte feito a madeira do teu caixão,
Que não te deixa sair de lá,
Assim como eu não te deixo sair de mim.
[Suelen de Miranda]
Eu culpo a todos pelo pouco que fomos. Eu tenho parte da culpa. Por não ter lutado mais. Por não.
let me sleep i am tired of my grief.
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