Por início do fim, irei preencher as linhas.
Colocarei escritas todas as ocasiões, as que você costumava falar.
Posso também desenhá-las, curvas, ou retas e profundas.
Queimarei todos os papéis que puder ver, em todos os suspiros.
Eu costumava falar, porém ao menos hoje poderás ver.
Por início do fim, por dentro da carne, no desejo à estrela.
Mandei cartas ao demônio quando minha fé falhou, quando você costumava cair.
Enviei perguntas ao Alfa, somente de início, sem respostas, apenas mais tempo.
Seqüência de horas pesadas, agora quebrando os laços.
Mas queimarei cada fio de meus cabelos, assim como cada página de meu livro.
Os verei contorcer, apenas para o início do fim.
A cada centímetro de minha pele, uma linha profunda será desenhada.
Com lâmina, com o que há, com sangue.
Apenas por início do fim, já que é preciso tempo, até que em fim.
(Suelen de Miranda)
(foto: Miyavi.)
*É...