quinta-feira, dezembro 09, 2010

4 de Dezembro'

Já estava em tempo de acordar, de alimentar.
Pôde deixar esperar, queimar, adoecer. Deixar morrer.
Abriu as vias de lealdade ao membro que fora feito para sangrar.
Porém eu esperava em vão, mesmo não possuindo algo que pudesse conquistar.
Era meu lugar, eram minhas lembranças, minhas fotografias;
E se fez em presença latente para transformar em gás.
Já estava em tempo de despertar, e deixar putrefar.
Eu esperava em vão, mas não mais.
Deixo a postos minhas chamas famintas, minha lâmina sua.
Sentindo e alimentando, agora de minha percepção ninguém sobreviverá.
Já estava em tempo de deixar você resolver.
Eu esperava em vão, enquanto embaralhava as cartas do jogo;
Apenas alimento minhas chamas, mas não possuo nada que possas conquistar;
Pois não me deixas-te nada.

(Suelen de Miranda)
* Estou quase sem reação. Pareço um cyborg em piloto automático. 
Só para atualizar os fatos, eu o ví, mas parece que ele não me viu; ou seja, não deu a mínima, pelo fato que fazia 1 ano que não nos víamos. Acho que o que eu queria dizer a ele não precisa mais ser dito, Nunca mais.
Não estou muito bem não. Estou tentando voltar ao que eu era em relação aos demônios de transtornos, está difícil, mas...tá. É tão difícil sair de casa, e aqueles remédios parecem ser feitos de trigo --'. Droga. 
Bom... Odeio quinta-feira...na verdade odeio 2ª, 3ª, 4ª,5ª,6ª, sábado e domingo; mas tenho um complô contra 3ªs e 5ªs, então meu dia não vai ser muito legal, ainda mais que vou trabalhar até as 22h.  
Oh Deus, estou morta mas continuo respirando, que tortura. É isso.

domingo, novembro 07, 2010

Fim da história.



Por início do fim, irei preencher as linhas.
Colocarei escritas todas as ocasiões, as que você costumava falar.
Posso também desenhá-las, curvas, ou retas e profundas.
Queimarei todos os papéis que puder ver, em todos os suspiros.
Eu costumava falar, porém ao menos hoje poderás ver.
Por início do fim, por dentro da carne, no desejo à estrela.
Mandei cartas ao demônio quando minha fé falhou, quando você costumava cair.
Enviei perguntas ao Alfa, somente de início, sem respostas, apenas mais tempo.
Seqüência de horas pesadas, agora quebrando os laços.
Mas queimarei cada fio de meus cabelos,  assim como cada página de meu livro.
Os verei contorcer, apenas para o início do fim.
A cada centímetro de minha pele, uma linha profunda será desenhada.
Com lâmina, com o que há, com sangue.
Apenas por início do fim, já que é preciso tempo, até que em fim.

(Suelen de Miranda)
(foto: Miyavi.)

*É...

quinta-feira, novembro 04, 2010

Cápsulas de farinha'


 Estou dentro daqui, será alguém capaz.
Brilhando de dentro para fora, sem brilho que alcança.
Vejo rostos de dentro da cúpula fria, vejo vida.
Estou dentro daqui, de dentro para fora, de dentro de mim.
Será alguém capaz de salvar-me desta tortuosa comparação.
Serpentes escorregadias dançantes por entre meus dedos;
Nuvens de fumaça triste adormecidas sobre minhas pálpebras.
Estou dentro daqui, será alguém capaz de ouvir.
Estou aqui para esperar, o quebrar da chuva, o arrepio doce.
Posso ver passos nas areias do cômodo, é como querer e não segui-las.
Estou dentro daqui, de dentro da cúpula morta, de dentro de mim.
Estou dentro daqui, tem de alguém ser capaz além de mim.

(Suelen de Miranda)
*Como diria meu melhor amigo cantor e compositor Cláudio Rizzih, "Mendigando doses da morfina que é o Teu Amor". É o que eu estou fazendo. 
Quanto aos remédios. Bom, eu estou os amaldioçoando, quase toda a batata que comi deve e estar no esgoto agora, estou físicamente cansada, assim com muito sono, e com uma voltade irresistível de retalhar todo meu braço neste momento. Yay, e minha mãezinha lê meu blog, e ela acabou de ler isso, bom só lamento, creio que não o fiz mãe, pode deixar, pois depois ia ser um saco ficar escondendo do pai mesmo. 
Bom. Eu não to bem não. Não mesmo. É isso.

segunda-feira, novembro 01, 2010

E continua amando'




Ao perecer da noite, nas frestas das luzes que ainda insistem.
Linhas, linhagem do que fora escrito para nós.
Entre histórias, e trechos. Entre olhares e palavras.
Ao perecer de toda noite, nas linhas que pude escrever não coube ”nós”.
Linhas curvas, de cor turva sem querer.
Para alguém como você, no fim da noite continuava só;
Mas meu amor, posso dizer que amar não me cabe, é questão lógica.
É muito mais, é quase tão absurdo que cergar a si mesmo.
Você me deu tudo, hoje eu sou forte por sua honra.
Porém tarde demais você acordou por cima das páginas cuja as quais eram para ser de sua autoria.
Mas ainda há espera, e por isto. Apenas por isto ainda pode haver.
Um mínimo de paciência, e o máximo de riscos.
Esperaremos assim então meu amor.
E a lua jorra sua luz para desfazer-me do abismo, e ainda assim.
Noite negra em fel, queimando as páginas escritas por alguém como eu.

(Suelen de Miranda)
*Este era pra ser o post anterior só que não era a idéia que eu gostaria, e na verdade após a revolta mostrada antes estou assim entorpecida, dolorida, mas calma.

Suficiente'



É como se tu não fosses o suficiente.
Por todos os rostos, são máscaras as que ficam, mórbidas simplesmente.
Por todos os dias que contei teu regresso, que de nada valeram.
Era como se tu não tivesses sido o suficiente.
Por alguém como você, não houveram fogos, não houveram prendas.
Houveram mentiras a partir, tentativas erradas por fim.
Alguém como você, com tudo que sabe e como age.
É como se tu não fosses o suficiente.
Por alguém como eu, que amou até adoecer.
Sou emaranhado de dor e esperança, de amor e amor.
É como se tu não tivesses sido o suficiente.
Só ausência e ilusão, cuja que foi.
Por alguém que o amou sem cérebro e sem coração.
Por alguém que o ama sem saber, que o ama talvez por saber;
Nunca fosses suficiente, pois na verdade nem foi.

(Suelen de Miranda)
*Não sei. Eu não sei mais.

sábado, outubro 23, 2010

Terça-Feira '


Você não pôde me abraçar, então deixou-me escorrer por entre meios.
Você , está perdido. Você, desgraçado, ninguém, mas você.
Você esteve na manhã, na noite, na rua, na cama.
Não pode mais caminhar, chorar, cantar, você não pode.
Você, surdo, cego, imundo, covardia egoísta.
Você não pôde me beijar, então por entre meus lábios selou com náilon frio e anzol.
Você pretende, mas na verdade não está não é mesmo meu amado?.
Você. Você. Você. Você... É...Você.
Você não pôde despedir-se ao menos?.
E em momento a orgulhosa conduta não deixa admitir.
Felizmente querido meu, possuo toalhas mornas, e também lâminas.
E não há de ti ser feliz com isso, sim a mim.
Você, está perdido. Você, desgraçado, ninguém, mas você.

(Suelen de Miranda)
* Desabafei. Espero que o outro lá seja muito feliz, mas eu e ele sabemos muito bem que ele não é.