Até parar de chover'

O céu turvo, a paisagem serena, quando chove.

O sol te ofusca, com ação alienada sob teu gosto;

Assim, só porque há sol é um bom dia.

Talvez pareça, talvez seja; mas não para mim.

Quando chove, eu tento não me preocupar se minhas roupas irão molhar.

Quando chove, eu sinto uma serenidade estranha; estranha, pelo frio.

Vontade de me encolher e dormir, para sempre.

Me encolher, dormir.

Junto ao barulho da chuva.

Até não ouvi-lo mais, até não ouvir mais nada;

Até que o céu turvo envolva minha visão...

E que eu descanse em paisagem serena.

Enquanto chove.

(Suelen de Miranda)

*Eu só queria poder me desligar quando ela vier até mim.

Aposto: assim como aqueles que 'sofrem' com isso.

Às vezes eu penso que é mais forte que eu, mas aí vem a raiva e eu quero me sentir forte.

Eu me sinto forte, por algumas horas...apenas algumas horas,

Depois...eu me esqueço que não se pode descansar;

Nunca, pois ela nunca vai embora.

O que nos resta é sermos mais fortes e ativos, à fracos e esperançosos.

Até logo'

Hoje eu acordei com a visão colorida,

Talvez pelo fato de que ontem eu estava com você.

Sobraram vestígios, da única coisa que me faz feliz atualmente.

Mesmo havendo cores agora, eu sei que elas irão dissolver em algumas horas.

Saudade dói;

Pensar no gosto do teu beijo, no calor do teu abraço...

É tortura.

Eu sei que vou te ver novamente,

Mas não sei se aguento essa ansiedade constante.

Sobraram vestígios, lembranças...

Que não irão dissolver, mas

Sem as cores, eu não sei se suporto nem mais um dia.

Sem você.

(Suelen de Miranda)

Talvez pra sempre'

Eu queria mergulhar no céu, e nadar como um pássaro;
Onde eu ouviria apenas o som do vento, ou talvez nem isso.

Um silêncio intenso pra limpar meus pensamentos;

Me fazendo esquecer os fantasmas terrestres.

Mergulhar no céu, nadar livre...

Como um pássaro, aprender a cantar mesmo triste, e cantar mais ainda quando feliz.

Mergulhar, e só voltar ao fundo quando houver um motivo.

Um motivo suficiente, para enfrentar esses barulhos, esses pensamentos... Essas pessoas.

Mas por enquanto, eu queria mergulhar no céu.

Nadar como um pássaro, e

Talvez pra sempre.

(Suelen de Miranda)

*Porque antes era tão fácil?. Porque agora eu simplesmente não consigo deixar aquilo de lado?

É... duas doenças, uma só pessoa.

Coisa de mais pra mim.

Fotos'

De forma tão clichê, sinto a dor de te ver;

De forma parcial, sem relevo, sem calor;

Sem ser real.

(Suelen de Miranda)

*A  autoestima que em mim já não existe.

Limite'

Sai sol! eu não quero luz.

Não quero acordar.

Não neste mesmo mundo,

Não neste mesmo lugar'

(Suelen de Miranda)

*Hoje eu fui trabalhar, mas sem me concentrar em nada na minha função.

Depois de ter passado por uns tempos sendo "elas"; agora junto a esse inferno. isso me destrói de tal forma, que eu sinto que já morri.
Não vivo mais.
Então... no chão daquele banheiro frio, cartelas de comprimidos em minha frente, uma faca, meu caderno de capa negra, e um último bilhete; eu decidi!. Eu fiz.
Mas os remédios eram poucos, assim como a coragem pra usar a faca.
Eu apenas queria que doesse uma vez, uma vez.
Que parasse com essa dor diária.