domingo, julho 17, 2011

Casa'




Vim de longe, caçando os ventos do norte. Do longe, onde as pessoas ainda fingem.
São tantas as questões. Que será que os cães farejam, arrastando seus frágeis futuros no asfalto?. Que será?... Será que podem sentir o cheiro da chuva que ainda não?, Ou do destino que terão até. São tantas luzes, repousando sobre a cidade que ainda dorme e apenas espera que eu os traga algo melhor. Que será que as crianças estão sonhando, enquanto reviram os lençóis que cheiram a suas mães?. Que será?... Será que podem sentir o medo que antecipo por eles, ou temem que eu nada sinta?.
Vim de onde o ontem será o depois de amanhã, vim com toda saudade que pude trazer; trouxe lugares que nunca estive.
E mesmo que me esperassem, nunca souberam em verdade de onde eu vim; se é que já estive em algum lugar.
Se é que estou aqui, há tantas questões. Se é que me sinto bem, eu ainda estou aqui.
Do outro lado das estradas, as pessoas não estão bem, e os cães ainda têm destinos; apenas do outro lado da estrada.
Vim de onde as mãos nunca tocarão as daqui, de onde possuo mais questões que os vagalumes plásticos afogando a cidade.
Mas será que ele está bem, já que estou aqui?!. Ele poderia me matar.
Apenas para não voltar para onde nunca foi. E a questão é.
...A caçada desta tarde foi fraca.


(Suelen de Miranda)

* Não consigo mais escrever do jeito que costumava. Me sinto sem ritmo, sem nada. 
Ah, pelo Alfa! pudera eu não acordar amanhã.

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