segunda-feira, agosto 23, 2010

Oceano'



Me traga seu amor esta noite.
Poder de entorpecer a visão, talvez parar o tempo. Porém há demasiada teimosia nos ponteiros; são todos responsáveis pelos segundos?.O café negro, azedo depois  de tantos dias, gélido. O gosto amargo de deitar-me e esquecer do sol.Oceano morno em minha cama, estúpido, desprezível. Perdida no oceano para ouvir a suposta vida na superfície.
Envie-o em um envelope macio, ou sem proteção. Eu já não me importo, e você também não deveria.
Eram três ponteiros e diferentes funções, não consigo compreender. Eram gotas de café fazendo junção da poeira, secas.
Você não vai deitar ao meu lado?.
Meus pés possuem minha mente, pois passos vagos vão à frente, por isso as pessoas ainda sabem meu nome.
Como a tempestade causou discórdia, sua ausência também o fez. Não eu não estou onde deveria.  Não.
Me traga seu amor esta noite, deixe-o putrefaz ou faça o que desejar.
Os ponteiros ainda não pararam, e talvez não irão fazê-lo para alheios.
Mas eu tenho o poder de parar o tempo, parar  os malditos ponteiros. E mesmo que eles não parem para vida, irão parar para minha morte.
Você não vai deitar ao meu lado?.
Então não me deixe gritar isto um pouco mais alto, não me faça esperar, não seja insano. Não seja amado pelo caos.

(Suelen de Miranda)
*Eu gostaria de não ser ninguém, talvez fosse melhor do que ser eu. Esqueça sobre mim hoje tudo bem?!.
Minha nossa! 30STM com Closer to the Edge está simplesmente perfeito. Ja que eu quero morrer, vou tentar ir a um show deles, aí quem sabe lá tenho um ataque cardíaco e pronto, morro "feliz". Apesar que achei que isso aconteceria quando ví  Miyavi. 
Obrigada, pelo suporte.

quinta-feira, agosto 12, 2010

Nada'


Estou começando a crêr, que não sou verdade.
Para cortar as mãos do desejo.
Meu coração, para tornar-se um brinquedo é questão de um barbante.
Estou estacionando todos os sonhos.
Para cegar-lhe a ganância.
Meu coração, para tornar-se um brinquedo de dar corda.
Para não sentir o peso das asas da borboleta.
Para não sentir o cheiro da primavera.
Para não sentir, para não desejar coisa alguma.
Meu coração, se faz pêndulo de frustação.
Meu coração, meu coração, ou brinquedo, ou nada.
Já o tocaram e se esconderam após, já o mergulharam e tentaram mordê-lo.
Nele amarram barbante e sabiam que ele poderia chocar-se ao chão mas voltaria.
Correram dele até que se cansassem da brincadeira, e acabaram por se cansar dele.
Estou começando amar o ódio.
Talvez seja mais fácil, em nada acreditar, nem em minha mentira.
Pois é mais fácil nada buscar, pois assim nada encontrarei.
Nem meu coração, nem desejo, nem sonhos.
Estou começando a crêr, que não há, é só uma piada.
Se eu tentar, pode algo acontecer.
Mas se não o fizer, nada.
Assim, sem minha diversão, e muito menos alheia.

(Suelen de Miranda)

* Desabafo. Estou péssima, terrível, uma pluma em meio a uma tempestade.
Tenham um bom dia, pois o meu não será.

domingo, agosto 08, 2010

Pai'


Somos princesas, talvez sem pedras preciosas.
Talvez sem vestidos de seda.
Princesas, sem sapatinhos de cristal...quem sabe sem sapatos.
Não houveram pássaros que pousassem em nossos dedos.
Não haviam tardes de chá, nem cobiça de poderes.
Somos princesas, porém nossos príncipes não vêm a cavalo.
Há os que tentam, mas as vezes falham ao guardar os frágeis corações de suas princesinhas;
E há um que talvez goste de caminhar, ou talvez nunca irá chegar.
Somos princesas, apenas por existir a realeza.
Talvez realeza sem coroa, talvez sem ouro.
Há uma rainha, o alicerce do rei.
Rainha talvez sem penteados esvoaçantes, talvez sem rubís.
Mas há uma rainha, de acalento às princesas, e suporte ao rei.
Mesmo parecendo completo, pelo aconchego e a base, um reino não se faz só de ingênuidade.
Um reino sem força, sem poder, não é um reino.
E nós somos princesas, frágeis princesinhas.
Aqui é onde encontramos todo o amor, todo o refúgio e proteção precisos.
Pela rainha, mas ela não sabe agir apenas com a razão.
Por nós mesmas, mas não sabemos fugir.
Pelo rei, a fortaleza de nossas vidas.
Este é nosso reino, lar.
Somos pincesas, irmãs.
Há uma rainha, mãezinha.
E por fim há um rei, você: Pai.

(Suelen de Miranda)

*Algo que escrevi para fazer um video para meu pai hoje, fiz ontem as 4h a.m, e ficou bem lindo, para quem fez milagres de achar fotos de família sem usar scanner e fotos antigas/ rs. Então resolvi postar o texto. Não tão "global" pois é de mim, minhas duas irmãs, e minha mãe para meu pai.
Desejo um Feliz dia dos Pais para todos os Reis, e Heróis do mundo.
É isso.

sexta-feira, agosto 06, 2010

Podes me ajudar?


Aqueles que não as mereciam me tomaram todas elas.
Estou sedenda, desolada.
Onde estarão? Procure, Procure.
Eles acariciaram meu coração, para cravar mais fundo.
Me deram tudo,atiraram contra as paredes, destruiram meu caos.
Àqueles que as mereciam, forçaram iguais direitos.
Mas estas secaram, ou seguiram as que se perderam.
Onde estarão? Procure, Procure.
Por todo amor, por toda luz, encontre-as.
Perduravam chances, e eles as levaram.
Me restavam meu olhar, meu sorriso, meus passos, mas foram todos furtados.
Se minhas forças, estivessem comigo teriam a arrastado semelhante.
Minha esperança, fé e amor, lhes foram entregues.
Onde estão? Procure, Procure.
Meus lábios desejam que morressem em seus domínios novamente.
Meus olhos não possuem oasis, flamejantes de sede.
Minha mente as acusa de não mais deixar-lhe descançar.
Meu coração quer se por ao lugar e deixar sangrar.
Onde estão minhas lágrimas? Encontraste?
Sem elas exerço cega, seca, rasa e vegetal.
Nua; sem escape, sem provas.
Aqueles que não as mereciam, me tomaram todas as lágrimas.
Estilhaçaram meu sorriso, e rasgaram minha esperança.
Levaram tudo que me era vital, mas deixaram a única que queria ir embora.
Eu, sozinha, sem energia, sem ausência.
Deixaram-me, e se fizeram de sua pior crueldade;
Pois eu não estou morta.

(Suelen de Miranda)

* Não sei nem o que acrescentar esta noite. Ah como é difícil acordar quando se quer morrer.
Tudo tão sem propósito, tudo tão doloroso, mas eu simplesmente não consigo mais chorar. Doí demasiado, porém o alívio das lágrimas ja não me auxiliam.

terça-feira, agosto 03, 2010

Incapazes'


Nós estávamos apaixonados.
A noite esvoaçante, era chuva os beijos do céu.
Uma noite de eternidade, uma década, um século.
Nós éramos leigos na realidade, foram simples toques.
Surdos ao ódio, e cegos a outrem.
Nós estávamos apaixonados.
Os olhos conversavam, eram aprendizes dos lábios.
Mãos que cobriam o deleite do medo.
Não era suficiente, nunca seria.
Nós estávamos apaixonados.
Uma manhã interrompida, era luz os golpes do sol.
Um esvair de tempo, inefávelmente atordoante.
Nós éramos cultos, forçados a desistir.
Incapazes contra a realidade, e podados por solitários.
Ambos não sabiam o que dizer, nunca saberiam.
Suas lições foram decapitadas para circunstâncias.
Apaixonados; promessas foram lançadas, sem surtir respeito a ditados anciões.
Amantes que não mais possuem poesia.
Não é suficiente, nunca foi.
Nós estávamos apaixonados.

(Suelen de Miranda)

*Auto estima? em mim já não existe, quem souber onde posso comprar algumas gramas por favor, me deixe saber./rs
Muito, Muito Obrigada, por ler minhas lágrimas. Comentários, e "exposições" como a que Leonardo Távora de LeituraExposta fez, são meu combustível para continuar postando aqui e saber que minhas lágrimas e meus sorrisos em linhas definidos são boa arte.